1º de maio: Classista, Independente e de Luta – participe da reunião de organização na próxima terça-feira (25/04)

Neste 1º de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras, reafirmamos os princípios que norteiam a tradição do movimento operário mundial.

A “independência de classe” é um valor muito caro à história dos trabalhadores. Isto significa rejeitar um sindicalismo de conciliação com a classe dominante e seus representantes. Reafirmar a total independência de governos e patrões – que, para algumas categorias como petroleiros, professores, garis etc. muitas vezes são os mesmos.

Não devemos transformar uma data tão simbólica e histórica para a luta da classe trabalhadora em uma aparente “festa”, que escamoteie as demandas mais importantes do povo e, menos ainda, com a participação direta de governantes e financiada por bancos, institutos empresariais ou diretamente pelos governos, sejam municipais, estaduais ou federal.

Todos as organizações da classe trabalhadora – sindicatos, partidos, associações etc. – são importantes e devem democraticamente compor estes atos, mas não podemos confundir o papel dos sindicatos e de um ato tão simbólico com o apoio a governos, sejam da burguesia escravocrata tradicional, bolsonaristas ou da “frente amplíssima de Lula/Alckmin”.

Se fizemos uma opção eleitoral para derrotar Bolsonaro, nossas bandeiras de luta e independência continuam as mesmas, inclusive para derrotar a ultradireita, o fascismo, a burguesia nacional e imperialista.

CUT, CTB e as demais centrais deveriam romper com o ato governista apoiado por Eduardo Paes e construir um ato classista ao lado dos trabalhadores, dos camponeses, de seus sindicatos e demais movimentos sociais.

A CSP-CONLUTAS fará parte da organização do ato no Rio de Janeiro defendendo o aumento dos salários, do emprego, da saúde e educação, pública e estatal. Defendendo a manutenção de todas as importantes bandeiras de luta:

  • Contra o chamado arcabouço fiscal! Contra a política de Recuperação Fiscal!
  • Pela a revogação da reforma trabalhista;
  • Pela revogação da reforma da previdência;
  • Pela revogação do novo ensino médio e da BNCC;
  • Por mais investimentos em Pesquisa e Ciência;
  • Por mais investimentos nas universidades públicas;
  • Por mais verbas para sustentabilidade do SUS para todos de fato;
  • Pelo fim do teto de gastos e mesmo o arcabouço fiscal;
  • Por novas visões não mercadológicas que garantam os direitos trabalhistas;
  • Pela punição a todas as formas de assédio no trabalho;
  • Pelo fim das privatizações e retomada de nossos ativos
  • Pelo repúdio à tentativa de golpe do dia 08 de janeiro e exigência de punição aos golpistas e financiadores.  Sem anistia.
  • Responsabilização e punição de todos os crimes cometidos por Bolsonaro.

Não devemos aceitar a proposta das maiores centrais sindicais de promover atos com este caráter policlassista, de conciliação com governos.

No Rio de Janeiro, por exemplo, não podemos embarcar na proposta que está sendo construída pela maioria das centrais de um ato de braços dados e com financiamento da Prefeitura.

Não bastasse o caráter de classe deste governo, quem não se lembra das práticas antisíndicas de Eduardo Paes com as demissões de garis após greve na COMLURB ou não sabe sobre as perseguições a trabalhadores do setor da Saúde e da Educação que lutam por melhores salários e condições de trabalho? A CSP-CONLUTAS é uma das entidades que convoca esta reunião do dia 25 de abril e convidamos os sindicatos de base como SEPE, SINTEL, SINDSEP, SINPRO, SINTECT etc…  e o conjunto das categorias dos demais sindicatos a participarem da reunião, na perspectiva de construção de um ato unificado do 1 º de maio classista, internacionalista e independente que coloque em pauta a melhora das condições de vida das trabalhadoras, dos trabalhadores a partir do não pagamento das dívidas e redução da jornada de trabalho sem redução dos salários.