22M: Vitória da mobilização dos trabalhadores. Mais um passo rumo à greve geral

Dois dias depois do equinócio de outono de 2019, dia 22 de março, os trabalhadores em todo o Brasil se levantam em luta, mobilizações e paralisações em defesa da aposentadoria e contra a reforma da previdência. Essa ação direta da massa trabalhadora foi convocada pelas centrais sindicais do país e ocorreu em mais de 50 cidades de Roraima até o Rio Grande do Sul.
Aqui no Rio de Janeiro não foi diferente. Convocados pelas centrais os trabalhadores promoveram ações de rua desde o início da madrugada desse Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência rumo à greve geral.
Nas primeiras horas, antes do nascer do sol os trabalhadores ocuparam e interditaram a Rodovia Washington Luiz. As universidades públicas ficaram fechadas no inicio da manhã, pois trabalhadores e alunos aderiram a paralisação realizando atos em Barra Mansa, Macaé, São Gonçalo, Belford Roxo, Nova Friburgo e Niterói. Já no meio da manhã as ruas do centro comercial de Nova Iguaçu foram ocupadas pelos trabalhadores do comércio varejista daquela cidade. O ato, promovido pelo SINDICONIR, foi no calçadão.
Nesse mesmo momento várias universidades promoviam debates e plenárias com o objetivo de mostrar aos professores e alunos os nefastos ataques embutidos na proposta de Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro.
Ao meio dia foi a vez do ensino básico
No início da tarde cinzenta dessa sexta-feira as ruas do entorno da Praça XV viram chegar trabalhadores da educação básica de várias partes do Estado e da Capital para realizar uma assembleia de todas as redes de escolas públicas. Após essa assembleia milhares de trabalhadoras e trabalhadores marcharam em direção a Praça da Candelária.
O ato convocado a partir das 16 horas reuniu cerca de 10 mil manifestantes. Entre esses estavam servidores públicos, petroleiros, metalúrgicos, pedreiros, ferroviários, metroviários, rodoviários, carteiros, bancários, domésticos, trabalhadores com carteira assinada, trabalhadores informais, estudantes e a juventude. Faixas, cartazes ecoavam os discursos e palavras de ordens que denunciavam o desmonte da seguridade social e o fim do direito à aposentadoria pretendida por Bolsonaro e Paulo Guedes.
Da Candelária até a estação de trens Central do Brasil os prédios às margens da Avenida Presidente Vargas ecoaram o som dos tambores da manifestação. A avenida ficou enfeitada com a garra, disposição de luta e a cor vermelha da grande mobilização das lutadoras e lutadores.
Dois foram os recados deixados por esse dia luta: Não vamos aceitar que haja mais uma reforma da previdência e; que a luta só começou.
Iniciamos no dia 20 de fevereiro, com Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora e conquistamos uma vitória de organização e mobilização com ações diretas nesse 22 de março.
Agora vamos preparar nos locais de trabalho, moradia e estudo a greve geral. Vamos derrotar os planos de Bolsonaro, de Paulo Guedes e construir um projeto de sociedade rumo ao socialismo.