Centrais realizam um 1º de maio contra a reforma da previdência

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As pedras que em séculos atrás soterraram a Prainha, hoje conhecida como Praça Mauá, vibraram com o samba ritmado do bloco“Trabalhadores botam o bloco na rua contra a reforma da previdência”. Diante da monumental entrada do Museu do Futuro foram instaladas barraquinhas do Simpro, do Sindiscope, da CTB, da CSP-Conlutas, do PT e do Movimento de Luta contra o Machismo. A partir das 09 horas desse 1º de maio se iniciou a movimentação de preparação das atividades desse dia de luta.

Assim começou o ato inédito convocado por todas as centrais. A partir das banquinhas foram feitas panfletagens, coleta de assinaturas no abaixo-assinado e um grupo de atividades culturais e aulas públicas denunciando os nefastos efeitos da reforma da previdência para as operárias, os operários, as trabalhadoras, os trabalhadores e o povo pobre. Entre as atividades as entidades e movimentos eram representados por oradores que tomavam a palavra para saudar a mobilização.

Às 14 horas com um pequeno deslocamento do bloco dos trabalhadores teve início o Ato político principal. Como não podia deixar de ser a primeira manifestação política do Ato foi uma justa homenagem a madrinha do samba, Beth de Carvalho, falecida no dia anterior. A homenagem póstuma foi ao som dos principais sucessos da cantora que tanto fez pelo samba de raiz e samba de roda.

Em seguida fizeram uso da palavra os representantes das centrais que anunciaram a data da greve geral, no dia 14 de junho contra a reforma da previdência. Também foi anunciada a incorporação da mobilização em defesa da educação pública no dia 15 de maio. As centrais convocarão esse como um Dia Nacional de Lutas, Mobilizações e Paralisações em defesa da Educação Pública e Contra a Reforma da Previdência.

A alegria dos dirigentes, militantes e ativistas contaminou os transeuntes que fizeram o bloco crescer. A Praça Mauá recuperou seu ar bucólico de tempos atrás com as crianças brincando e correndo enquanto as mães, os pais e os responsáveis curtiam a festa do final do Dia Internacional de Luta das Trabalhadoras e dos Trabalhadores.

Já bem para o finalzinho do dia podia ser ouvir ecoando nos prédios que cercam a praça os versos da Internacional Comunista entoada pelos trabalhadores sem teto.

Quem saía da praça nesse horário, um pouco antes do anoitecer, levava no peito não só a alegria, mas também a certeza de construir a greve geral para derrotar o governo entreguista de ultra direita de Jair Bolsonaro.