COMLURB ataca saúde e salários dos garis e ainda demite liderança sindical

Na cidade do Rio de Janeiro, capital do estado de mesmo nome, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana – COMLURB ataca de forma covarde os seus trabalhadores. Enquanto o prefeito Eduardo Paes (PSD) conta com sua tropa de vereadores para retirar direitos dos trabalhadores do serviço público municipal através de um pacote de maldades a COMLURB arrocha salário e demite no meio da pandemia do novo coronavírus.

Os trabalhadores da COMLURB, carinhosamente chamados pelos cariocas de Garis, estão com os salários arrochados desde 2019. Além disso a direção da empresa se negou a negociar o Acordo Coletivo de 2020. Isso aprofundou o arrocho e aumentou a exploração. Esse ano a COMLURB resolveu atacar o plano de saúde.

Isso quando as mortes no país, provocada pela pandemia, ultrapassam a marca de mais de 600 mil pessoas. Morrem no território nacional cerca de 500 pessoas todos os dias. Sem contar que esses trabalhadores, em sua maioria, lidam e trabalho em locais insalubres e nocivo a saúde. A empresa municipal sequer oferece equipamentos de proteção individual e coletiva compatível com a quantidade de dias de trabalho em que esses servidores se expõem aos riscos de contaminação por detritos de todos os tipos.

Após diversas tentativas de atendimento das reivindicações nunca atendidas e com demonstrações de intransigência os trabalhadores realizaram uma manifestação e marcharam em direção a sede administrativa da prefeitura.

A reação da direção da COMLURB foi a pior possível. A empresa utiliza de todos os meios para coagir, perseguir e punir seus empregados. Armada de práticas antissindicais buscou transferir, assediar e até demitir trabalhadores pelo fato de reivindicarem seus direitos. Agora além da pandemia que segue adoecendo esses trabalhadores ainda há o sofrimento do assédio, perseguições e demissões.

Isso chegou ao ponto mais alto no dia 22/10 quando Bruno da Rosa, integrante da Comissão de Negociação votada em assembleia do Sindicato do Asseio, membro efetivo da Secretaria Executiva Estadual da CSP-Conlutas do Rio de Janeiro foi demitido. Uma ação arbitrária e ilegal (contrariando a estabilidade desse trabalhador integrante da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a CIPA).

O conjunto da classe trabalhadora deve seguir o exemplo dos garis e, ao mesmo tempo, abraçar com solidariedade as mobilizações e lutas pelo atendimento de todas as reivindicações e reintegração imediata de Bruno da Rosa.

Fatos como esse mostram que a prefeitura, que apoia e age como Bolsonaro, não tem nenhum interesse em garantir os direitos mínimos dos trabalhadores e do povo durante o maior flagelo mundial dos últimos cem anos.

Em todo o país e aqui no Rio cresce o número de desempregados, a fome se tornou algo real para a maioria dos cariocas e dos brasileiros. Não podemos criar a expectativa que foi gerada em 2019, com Eduardo Paes, de que a vida iria melhorar com a eleição. Os ataques de Bolsonaro e Paes ao serviço público, aos servidores é uma exigência dos banqueiros e empresários nacionais e internacionais. Essa exigência traz mais sofrimento aos trabalhadores e ao povo e é implementada em várias cidades pelo país e por toda a América Latina. Por isso os graves problemas de hoje não serão resolvidos com as eleições de 2022. A solução tem que ser agora e na luta.

Mais que nunca é necessário a unidade dos trabalhadores para colocar para FORA BOLSONARO E MOURÃO. Também dar um basta nos planos de Cláudio Castro, Eduardo Paes e demais prefeitos que pretendem fazer de tudo para aumentar a exploração e colocar nas costas do povo pobre o preço da crise que os patrões criaram. Nesse dia 28 de outubro os garis, todos os servidores, sejam federais, estaduais e municipais devem ocupar às ruas. Devem convocar e convencer o conjunto da classe trabalhadora que necessário construir uma greve geral. Uma greve que pare todas atividades e interrompa a produção para arrancar o auxílio emergencial, um plano de obras públicas que crie empregos, a suspensão dos pagamentos dos juros, serviços e as dívidas interna e externa. Uma greve geral que imponha uma saída dos trabalhadores e do povo e obrigue que os ricos e poderosos paguem pela crise econômica e sanitária. Uma mobilização que garanta emprego, salário, saúde, educação e direitos aos trabalhadores e ao povo.

Clique aqui e leia Moção pela reintegração de Bruno da Rosa e pelo atendimento de todas as reivindicações dos garis do RJ

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