Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, no Rio de Janeiro: Protestos e Demandas

Rio de Janeiro, 02 de maio de 2025. Da edição do RJ

Luta pela redução da jornada de trabalho, sem reduzir salários e direitos. Reforma agrária sem indenização, sob controle dos trabalhadores. Titulação das terras quilombolas e demarcação de todas as terras indígenas. Não ao Marco Temporal. Fim das privatizações. Revogação das reformas Trabalhista e Previdenciária. Combate a todas as formas de opressão. Legalização do aborto, seguro e gratuito. Direito à moradia popular e pelo fim dos despejos. Todo apoio à resistência palestina. Que Lula rompa as relações diplomáticas, econômicas e militares com o Estado genocida de Israel. Todo apoio à resistência ucraniana.

O Ato do Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores ocupou a Praça Floriano Peixoto, conhecida como Cinelândia. Centenas de bandeiras cobriram a fachada principal do prédio da Câmara de Vereadores. Dirigentes e militantes de diversas entidades e movimentos sociais também esconderam o imponente Teatro Municipal.

O centro político da atividade foi a luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salário. O tema foi traduzido na palavra de ordem: Pelo Fim da Escala 6 por 1.

A CSP-Conlutas defende a independência de classe frente aos governos de Lula/Alckmin, Cláudio Castro, e Eduardo Paes. Além disso, levantou bandeiras dos explorados e oprimidos. As bandeiras incluem o Não às Privatizações, Despejo Zero, e Reforma Agrária. Outras bandeiras são a Demarcação e nacionalização das terras. Há também o Fim do Arcabouço Fiscal de Lula. O Não pagamento das dívidas públicas. Outra bandeira é o Fim da violência policial de Castro. A luta também aborda o Fim do Genocídio contra a juventude negra da periferia. Aborda ainda o Fim de todas as formas de racismo. Além disso, há o Fim de todas as violências às mulheres e a Legalização do Aborto. Não deve haver anistia a nenhum golpista. Defendeu ainda a bandeira “Glauber Braga fica”.

Depois de quase três décadas o Ato do 1º de maio não teve a presença de governos e patrões. Os dois anteriores houve a presença do prefeito Eduardo Paes como símbolo da conciliação de classe. Por isso, a reivindicação histórica da redução da jornada semanal de trabalho foi essencial. Ela foi fundamental para impedir a presença constrangedora do político patrão.

Com essa bandeira as cúpulas das grandes centrais romperam a defesa das medidas da classe dominante contra a classe trabalhadora. Esse fato comprova a decisão de transformar o dia primeiro de maio em um momento de fortalecimento das lutas atuais. Reforça também a justa reivindicação da vida após o trabalho. O direito inalienável ao ócio do ser humano obrigado a vender sua força de trabalho. Assim o trabalho é meio de subsistência sem acabar ou roubar o merecido repouso.

O segundo maior sindicato estava quase ausente. A direção do Sepe da Regional III da capital foi a unica bandeira dessa importante entidade.

Nesse sentido houve dezenas de intervenções das entidades e movimentos presentes. Ao chegar a vez da Central Sindical e Popular, a CSP-Conlutas, saudou a solidariedade e unidade dessa atividade. Pontuou que a independência de classes é a única forma de defender os direitos das e dos trabalhadores. Alertou que essas atividades de solidariedade e unidade devem priorizar a luta contra o neoliberalismo. O neoliberalismo pretende aumentar os privilégios da classe dominante. Isso ocorre com a redução dos direitos da classe trabalhadora.

A CSP-Conlutas deixou como última mensagem aos explorados e oprimidos pelo capital uma provocação: A burguesia mundial aproveitou a pandemia. Eles usaram essa oportunidade para atacar brutalmente as condições de vida dos trabalhadores. Houve redução de salários e precarização ainda maior das relações trabalhistas, com terceirização e uberização. Além disso, houve aumento acentuado do desemprego e do subemprego.

É preciso caracterizar as mudanças objetivas e subjetivas que ocorreram no proletariado. Elas são produto dos planos neoliberais que se aprofundaram. Isso ocorreu após a restauração do capitalismo nos antigos estados operários. Também após a crise capitalista de 2007 e 2008.

Apesar de um pequeno número de bandeiras da nacionalidade palestina, a luta e a resistência desses trabalhadores foi lembrada. A resistência do povo da Faixa de Gaza e Cisjordânia também foi destacada. A CSP-Conlutas segue exigindo que o governo Lula repudie firmemente o genocídio dos palestinos. Esse genocídio é cometido pelo Estado Sionista de Israel. Assim o governo Lula deve romper relações diplomáticas, comerciais e militares com esse estado racista.

De nossa parte conclamamos à solidariedade a todas e todos operários e trabalhadores de todos o países. Devemos exigir a retirada das tropas russas da Ucrânia. Precisamos do fim do assédio cometido pela Organização do Tratado Norte, a OTAN, sobre os trabalhadores e o povo ucraniano.

Essa e outras mobilizações internacionais são importantes para alcançar vitórias em todas as lutas no mundo inteiro. A unidade da classe pode levar a uma nova sociedade. Uma sociedade socialista mundial.