Rio de Janeiro, 17 de maio de 2024 | Atualizado às 13 h 40 min.

Servidores de saúde dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta quarta-feira (15). Segundo o Sindicato dos Servidores Federais, as unidades vão funcionar com apenas 30% do quadro de funcionários. As cirurgias eletivas, consultas, e exames eletivos não oncológicos estão suspensos.
Durante a greve, apenas alguns serviços essenciais serão mantidos como: hemodiálise, diálise, quimioterapia e oncologia.
A paralisação, por tempo indeterminado, abriu a discussão e conquistou a solidariedade dos pacientes na manhã dessa quarta-feira passada.
No Hospital Federal Cardos Fontes, os servidores fizeram uma manifestação. Entre as principais reivindicações estão a recomposição salarial de 49%, a realização de concurso público, a renovação dos contratos, além da inclusão da categoria na carreira da ciência e da tecnologia e a reestruturação dos hospitais que atualmente estão sucateados.
É importante também explicar à população e aos trabalhadores que não são as greves e mobilizações que “fortalecem” a ultradireita, como repetem as direções ligadas ao PT e ao governo.
Ao contrário. São as próprias políticas econômicas do governo, como déficit zero, congelamento salarial, destruição dos serviços públicos e privatizações, que são responsáveis por manter a situação em que estamos, incluindo a brutal desigualdade, e que formam o caldo de cultura na qual o bolsonarismo chafurda e se alimenta.
Diante disto tudo, é preciso defender um programa da classe trabalhadora que passe pelo fim do Arcabouço e qualquer Teto de Gastos. E explicar que só reverteremos esse processo de destruição e sucateamento dos serviços públicos com uma outra política econômica, que ataque os bilionários, suspendendo o pagamento da dívida aos banqueiros e expropriando as 250 maiores empresas desse país, tirando-as das mãos dos super-ricos, estatizando-as e colocando-as sob o controle dos trabalhadores e trabalhadoras.
Para isso, não podemos deixar que os trabalhadores fiquem reféns do neoliberalismo duro da ultradireita ou do neoliberalismo “com amor” do PT.

