Nas unidades escolares os trabalhadores se enfrentam com o assédio, o aumento da exploração e todas as formas de opressão para impedir a unidade, a construção de saídas coletivas para os desafios laborais e manter a reprodução das ideologias que atendem aos interesses da classe dominante. Essas mesmas ideologias marcham com botas ensanguentadas de dentro dos gabinetes governamentais para as dependências do sindicato. Trazem as mais baixas referências de exploração e opressão que se instalam nos cargos de diretores do sindicato, fazendo-os esquecer sua condição de escravos modernos do capital.
De quando em quando o sofrimento obriga que explorados produzam uma lufada de liberdade quando conseguem coletivamente organizar uma greve. Uma resposta coletiva de insatisfação com as péssimas condições de vida no interior das escolas. Um brado de insurreição contra a injustiça perpetrada contra a infância, a juventude e a formação da nova geração.
O mais incrível é que o capitalismo consegue arrastar as condições maléficas que levam, depois de intenso e continuado martírio, à busca de uma saída coletiva. Dessa forma há uma momentânea produção de uma lufada de liberdade e democracia para dentro das instalações do sindicato, pois seus trabalhadores sofrem da mesma doença que seus irmãos no interior das escolas.
Nós, do PSTU, do Reviravolta e da CSP-Conlutas, fazemos de tudo para a aceleração das partículas de ar se transformarem em um tufão capaz de arrancar toda a poeira acumulada, grudenta e ensanguentada das ideologias capitalista, não só de dentro das unidades escolares, mas também das paredes, corredores e salas do sindicato.
A greve contém uma centelha de insurreição, auto-organização, autogestão e autodeterminação devendo ser soprada com todos os meios de solidariedade incondicional para contribuir com a emancipação da classe operária, dos trabalhadores e camponeses. A greve é o aríete para derrubar a primeira porta rumo a revolução contra a exploração e opressão da classe dominante.
A burguesia, detentora da propriedade dos meios de produção, dissemina camadas e mais camadas de ideologias para manter a exploração. Seu principal inimigo é a decisão coletiva da classe mais explorada de romper os grilhões. A greve contém esse patógeno no seu DNA.
Exigimos da maioria da direção do sindicato o imediato atendimento de todas as reivindicações dos funcionários do Sepe-RJ.
Todo apoio à luta e mobilização dos trabalhadores funcionários do Sepe-RJ.
Todo apoio a sua greve. Estaremos ao seu lado sempre. Incentivaremos a que busquem apoio e solidariedade dos que trabalham nas escolas para sua luta. Buscar o apoio daquelas e daqueles que pagam os seus salários a partir de um rateio coletivo nos últimos quarenta e seis anos.


