Com seus componentes vestidos com as cores da luta e da greve de petroleiros o Bloco Acorda Peão ocupou às ruas do centro da cidade de São José dos Campos, no Vale do Rio Paraíba, em São Paulo, na manhã desse sábado de carnaval, dia 21 de fevereiros. O bloco organizado pelos Sindicatos dos Metalúrgicos de São José, dos condutores, dos químicos, da alimentação, dos movimentos de luta por moradia, contra as opressões e outras entidades filiadas a CSP-Conlutas realizou seu vigésimo segundo carnaval.
Acorda Peão não é apenas mais um bloco de protesto. Seu esforço tem sido buscar ser mais um espaço de organização da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. Do samba, passando pelos carros alegóricos e fantasias o conjunto da iniciativa é um convite a reflexão dos operários e do povo da região.
Já no abre alas tem início a ironia misturada com a tragédia de um ano de governo Bolsonaro onde vida só piorou para os operários e demais trabalhadores. Atrás do primeiro carro com um Bolsonaro de dois metros de altura com uma tesoura na mão para cortar os direitos trabalhistas se instalou a familícia bolsonarista. O segundo carro foi um forte de dinheiro dos bancos com os patrões dirigindo e levando o parasita Paulo Guedes como figura de destaque. Tudo sendo rodeado por ciclistas: trabalhadores precarizados sem nenhum direito. Na sequência as alas falavam na relação subserviente de Bolsonaro ao imperialismo estadunidense, da reforma da previdência e o desmonte da seguridade social. Também estava presente a destruição do meio ambiente com as queimadas da Amazônia, as catástrofes de Mariana e Brumadinho, os assassinatos de líderes indígenas, camponeses e quilombolas. Não faltou a denuncia do genocídio da juventude negra e pobre. Tudo como parte de um choque de realidade escondida pela propaganda da mídia empresarial e dos patrões.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
CSP CONLUTAS RIO 