A CSP-Conlutas, nas reuniões com as demais centrais, defendeu que teríamos que ter uma hierarquia na luta contra o governo e que a principal palavra de ordem para as jornadas do dia 1º de maio, Dia Internacional de Lutas dos Trabalhadores, deveria ser “Fora Bolsonaro”. Essa palavra de ordem teria que ser incorporada com o aumento da polarização política no país. Até agora a maioria das centrais não concordaram com esta proposta que é cada vez mais necessária. O que está garantido é que cada uma das centrais expressará seu posicionamento nas falas divididas entre si.

Contudo na última quinta-feira (23), fomos surpreendidos por declarações na imprensa de que seriam convidados a participar do ato virtual ao vivo, instituições que desvirtuam o caráter classista do ato de 1º de maio. Entre eles, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM) e outros. Nós não concordamos com esta decisão e tampouco tomamos parte dela.
No marco de que a CSP-Conlutas participará com as demais centrais sindicais do país o bom combate, enfatizamos o quão importante é que o signo de nossas ações permitam o reencontro vivo e ativo de nossa classe com ela mesma e possa identificar, além de véus e ilusões, todos os seus inimigos, vencê-los e alcançar uma vida livre e digna. A atual crise da sanitária e do atual modo de produção provão que isso não é possível na sociedade capitalista.
A CSP-Conlutas reitera a necessidade de nossa classe de unidade das onze centrais sindicais. Precisamos por para fora Bolsonaro e Mourão! Nossa classe precisa de uma quarentena geral em defesa. Essa batalha podemos fazer juntos e podemos vencê-la. Para tanto, vai depender muito dos atos políticos e escolhas que a direção do movimento faça. De nossa parte, partindo de cada luta objetiva, seguiremos incansáveis na defesa do Socialismo.
A CSP-Conlutas continuará insistindo para que o ato virtual ao vivo do 1º de Maio esteja à altura das necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras do país. É necessário que esse ato reafirme a defesa da vida, a partir da defesa da quarentena geral, com garantia de emprego e renda digna para todas as trabalhadoras, trabalhadores e pequenos proprietários. A partir da organização e da paralisação de todas as atividades do país pela vida mobilizar pela estabilidade, emprego e salário; assim como o aumento e pagamento do auxílio emergencial para todos os desempregados, camelôs e pequenos empresários. Precisamos levantar a bandeira do não pagamento da dívida pública aos banqueiros para ter os recursos necessários para o combate a covid-19 e o fim da desigualdade social. É necessário agitarmos o Fora Bolsonaro e Mourão, já!
- Convocamos a todas as entidades e movimentos promoverem uma ampla discussão sobre os temas de preparação do 1º de maio. Clique aqui e veja a Nota do SEPE-RJ sobre o tema.
- Matéria relacionada: 1º de Maio: A atividade unitária das Centrais e a necessidade de botar pra fora Bolsonaro e Mourão!

