Corrupção aumenta a mortes de trabalhadores

Na manhã desta terça-feira (26 de maio) uma operação da Polícia Federal (PF) foi deflagrada para investigar denuncias de desvios de recursos públicos na Saúde do Rio de Janeiro. Foram cumpridos 12 mandatos de busca e apreensão – um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC) e outro em sua casa, no Grajaú, bairro da Zona Norte da capital.

Na decisão em que autorizou a Operação nominada de “Placebo”, o Ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou ter visto risco de destruição de provas. Com esse receio justificou as buscas e apreensões cumpridas nesta manhã.

No entanto tais medidas do judiciário não alteram o fato de que não foram concluídos os hospitais de campanha que aumentariam o número de leitos públicos ou respiradores mecânicos no Estado do Rio de Janeiro. A população mais pobre e o conjunto dos trabalhadores seguem sofrendo com disseminação da Covid-19.

Enquanto o poder púbico (executivo, legislativo e judiciário) não dá soluções para os problemas reais o Ministério da Saúde anuncia mais de mil novas mortes pela doença provocada pelo novo coronavírus de ontem para hoje.

Nesse mesmo dia em que há mais um capítulo da novela interminável do combate a corrupção, na vida real o país já soma 24 mil e 512 mortes. Também nesse dia alcançamos a dolorosa marca de 391 mil e 222 casos confirmados, um acréscimo de 16.324 em 24 horas.

Enquanto aumenta o número de pessoas contaminadas por essa doença epidêmica os poderosos aproveitam todas as oportunidades para desviar recursos públicos. O tal isolamento social não passa de uma piada de mal gosto, já que a maioria tem que buscar meios e trabalho para alimentar a si e a sua família. A ajuda emergencial de Bolsonaro além de ser insuficiente sequer se consegue receber. Milhares ficam expostos em longas filas para ter acesso ao tal auxílio facilitando a livre circulação do vírus.

Para que as medidas dos governos fossem sérias e houvesse uma real preocupação com a saúde e vida da população todos os recursos públicos deveriam estar destinados ao combate da pandemia. Já teria ocorrido à suspensão do pagamento das dívidas públicas, as grandes fortunas já estariam sobretaxadas, os ricos estariam pagando mais impostos, as fábricas estariam produzindo respiradores, equipamentos de proteção individual para os profissionais da saúde e o povo. Para reduzir a sub-notificação os governos, através das secretarias estaduais e municipais, teriam adquirido testes para amplificar a testagem em massa como forma de facilitar o isolamento e tratamento dos necessitados. Para evitar a corrupção e colocar um fim na ganância empresarial o poder público já teria estatizado todos os hospitais privados e rompido os contratos, sem nenhuma indenização, com as chamadas organizações sociais gestoras.

É preciso punir todos os corruptos e corruptores. Além disso, é necessário confiscar todos os bens dessa gente. Contudo isso não basta. Estamos em meio a uma trágica pandemia. As autoridades têm que decretar uma quarentena por 30 dias com o pagamento de pelo menos dois salários mínimos a todos os desempregados, recontratação de todos os demitidos, estabilidade no emprego, isenção de aluguel, água e luz para todas e todos. Também é necessário empréstimos, com juros baixos, aos pequenos proprietários. Sem essas medidas o número de infectados e mortos pela Covid-19 será enorme. Ultrapassará todos os países da América Latina.

  • Punição a todos os corruptos e corruptores. Confiscar todos os bens desses criminosos!

  • Por uma quarentena financiada pelo estado, com salário e renda!

  • Fora Bolsonaro e Mourão!