Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2025. | Redação RJ

A manifestação no Rio de Janeiro contou com a participação de funcionários da Refit, a antiga refinaria de Manguinhos, e ocorreu no centro da capital fluminense.
O movimento dos trabalhadores petroleiros reivindicam a reestatização de todas as refinarias que foram criadas pela política de monopólio da exploração de combustíveis fósseis.
A primeira refinaria fluminense entregue à iniciativa privada foi a de Manguinhos. Ela foi adquirida pelas famílias exploradoras por preço de banana. Uma planta que ocupa aproximadamente 600 mil metros quadrados, abrigando um dos maiores parques de armazenagem de líquidos do Brasil, com uma capacidade que ultrapassa os 200 milhões de litros. Nela trabalham centenas de operárias e operários que dependem dessa produção e desse salário misrável para o sustento de suas famílias e filhos.
Manguinhos iniciou suas operações em 14 de dezembro de 1954 durante a campanha “O petróleo é nosso”. Toda a planta foi erguida com financiamento e recursos públicos. Nos anos 50, a refinaria pertencente ao Grupo Peixoto de Castro, quase conseguiu o monopólio do fornecimento para o então Distrito Federal.
Com mais investimentos e financiamento público a refinaria retomou um amplo processo de renovação no final de 2014. Antes pela suspensão da desapropriação decretada pelo governo do estado do Rio de Janeiro, em 2012, parou a produção. Naquele ano a refinaria foi obrigada a interromper suas atividades. Manguinhos retomou a produção em 2015. Atualmente, refina 40 milhões de litros por mês de gasolina. Também estoca 15 milhões de litros por mês de óleo diesel. A infraestrutura de armazenagem é de 1,3 milhão de barris.
Nos 70 anos de existência deu lucros astronômicos a um punhado de famílias que se aproveitaram de dinheiro público e exploração da mão de obra para enriquecer ainda mais. Sua história sempre foi marcada por má utilização da iniciativa privada do seu potencial de geração de riqueza para os seus trabalhadores.
No dia 26 de setembro último, a refinaria foi mais uma vez fechada. Dessa vez durante a operação, em que Receita Federal da União e Agência Nacional de Petróleo retiveram quatro navios com mais de 91 milhões de litros de diesel. Dois deles no terminal do Rio de Janeiro.
Já passou da hora desse patrimônio dos trabalhadores brasileiros ser finalmente estatizado. Ser arrancado das mãos incompetentes da iniciativa privada. Os mais de 300 trabalhadores da refinaria de Manguinhos exigem a imediata efetivação dos seus empregos como operários da Petrobras. A estatização e incorporação da refinaria no esquema da produção estatal brasileira, sem nenhuma indenização aos patrões exploradores.
Fim da Privatizações! Reestatização de todas as refinarias!
Por uma Petrobras 100% estatal! Sob o controle dos trabalhadores e sem indenização!

