Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2025.|Redação RJ | Atualizado 20:36 horas

Imagem da CSP-Conlutas
A crise econômica, política e social alterou o estado. Esse aparato burocrático para gerir o excedente colapsou nos últimos 50 anos. Ele não consegue mais gerenciar a distribuição e regulamentar a produção de riquezas. A coleta de mais valia ocorre sob a forma de impostos, taxas, multas e contribuições. Essa coleta não cumpre mais as tarefas econômicas e sociais do estado liberal.
Essa riqueza desapropriada da sociedade pelo estado é transferida em parcelas cada vez maiores para garantir o funcionamento do mercado. Por isso a redução do estado através das privatizações e redução de serviços até então denominados de direitos.
Já não basta o arrocho salarial dos trabalhadores do aparato do estado. Estão ameaçados os planos de cargos, as carreiras e a aposentadoria. A reforma administrativa, seja a PEC 32/2020 ou o Arcabouço Fiscal, são reparos frágeis. Nesse sentido a reforma administrativa do governo Lula também será passageira. Logo Lula ou outro gerente colonial a serviço da metrópole trará uma reforma pior.
O mercado e o modo de produção capitalista levarão o desmonte do estado ao limite da barbárie.
Sob a fachada de modernização dos serviços públicos, há uma nova proposta de reforma Administrativa. Ela promete transparência e fim de privilégios. No entanto, representa uma série de ataques ainda piores que os contidos na PEC – 32/2020. Essa foi engavetada após intensa mobilização dos trabalhadores do serviço público.
O novo aparato do estado promove medidas que resultam em mudanças estruturais. Essas medidas retiram direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores dos serviços públicos municipais, estaduais e federal. Os menores salários são especialmente afetados. Também prejudicam de forma significativa a qualidade dos serviço públicos prestado à população mais pobre e carente.
Não há concertação. Não há conciliação, reforma ou emenda. O conjunto da classe trabalhadora está convocada para pôr um fim ao capitalismo. O dia 29 de outubro deve servir para dar mais um passo na compreensão do momento histórico.
A participação nas atividades da Marcha em Defesa do Serviço Público deve servir como um chamado amplo. Esse chamado deve buscar a unidade da classe trabalhadora. Com essa unidade, é possível construir um plano. Essa é uma saída que interrompe a marcha acelerada rumo ao abismo da barbárie. Este é o único legado do capitalismo.
Está nas mãos daqueles que só possuem sua força de trabalho. Eles devem construir uma arquitetura social que consolide uma resistência real. Somente assim poderão lançar a exploração e opressão na lata do lixo da história.

